ITEP não tem previsão para identificar por DNA mortos de Alcaçuz

Corpos foram levados para o  Instituto de Técnico-Científico de Polícia (Itep) (Foto: Emmily Virgílio/Inter TV Cabugi )Dos 26 mortos em Alcaçuz, 22 foram oficialmente identificados (Foto: Emmily Virgílio/Inter TV Cabugi)
O Instituto Técnico-Científico de Perícia não tem previsão para realizar a identificação através de DNA de três corpos que foram encontrados carbonizados na penitenciária de Alcaçuz, após rebeliões. Um quarto corpo também aguarda identificação e 11 cabeças estão no necrotério do Instituto para serem identificadas.Nesta terça-feira (31), o ITEP havia divulgado que mais uma cabeça tinha sido encontrada em Alcaçuz, mas nesta quarta-feira (1º), a direção do órgão corrigiu os dados informando que, na verdade, foram encontradas duas cabeças e um ombro.
Com isso, o ITEP informou ao G1 que, atualmente, existem três corpos carbonizados, um corpo que não foi reconhecido por familiares, 11 cabeças, uma mão e um ombro. A assessoria de imprensa do órgão afirmou que a maioria dessas cabeças também só poderá ser identificada através de exame de DNA.Dos 26 presos mortos registrados durante as rebeliões em Alcaçuz, 22 foram oficialmente identificados. Desse total, 11 corpos foram liberados para os familiares sem cabeça, de acordo com o Instituto.
A falta de previsão para identificação por DNA acontece porque no ITEP-RN não dispõe de um laboratório de DNA. Nos últimos anos, os exames são feitos em outro estado. Em um período de seis em seis meses, peritos do Instituto potiguar viajam para Salvador com amostras para realização desses exames.
No entanto, o aumento de demanda gera acúmulo de amostras de corpos que necessitam identificação por DNA e, por isso, o órgão não estabelece previsão para realização dos exames. Sobre os corpos de Alcaçuz, a assessoria do Instituto informou que existe a possibilidade de ser criada uma operação especial para identificá-los.